As conservas desempenham um papel crucial na preservação dos alimentos, eliminando
microrganismos e impedindo a entrada de oxigénio, o que prolonga a sua vida útil.
Especialmente para a carne bovina, altamente perecível, métodos como a esterilização e
o vácuo são essenciais para manter a sua qualidade e segurança durante a distribuição.
A evolução dos métodos de conservação da carne bovina tem sido fundamental desde
que o homem começou a congelar ou salgar a carne para aumentar a sua durabilidade.
No entanto, além da conservação a longo prazo, a distribuição em longas distâncias
enfrentando condições adversas tem sido um desafio constante.
Para garantir a segurança alimentar, é fundamental estabelecer parâmetros
microbiológicos e de qualidade. Normativas como a Instrução Normativa nº 9 do MAPA e
a RDC 12 da ANVISA definem critérios rigorosos, considerando não apenas patógenos, mas também microrganismos deteriorantes. Estes regulamentos estabelecem diretrizes relacionadas à saúde do consumidor, bem como à qualidade dos produtos cárneos embalados a vácuo. Contudo, é importante salientar que os microrganismos
deteriorantes também desempenham um papel significativo na qualidade da carne, podendo reduzir o seu prazo de validade.
A embalagem a vácuo reduz a oxidação e a proliferação de microrganismos, mas
não é uma solução isolada. A temperatura de armazenamento e a prevenção de
contaminações durante o processamento são igualmente importantes. A utilização
de metodologias genómicas emergentes tem-se revelado eficaz na detecção
precoce de contaminações, contribuindo para a melhoria contínua da segurança
alimentar. Esta abordagem permite a identificação antecipada de microrganismos
potenciais causadores de perdas relacionadas, garantindo assim a qualidade e
segurança dos alimentos desde a sua produção até ao consumo.
Enquanto os consumidores buscam alimentos de qualidade, as exigências dos
supermercados aumentam, tornando essencial que os fornecedores garantam
produtos de alta qualidade. Nesse sentido, as empresas frigoríficas têm adotado metodologias precisas e eficazes na identificação de microrganismos potenciais causadores de perdas, priorizando métodos preventivos para garantir a qualidade e segurança dos alimentos. O uso de metodologias genômicas oferece uma vantagem significativa, fornecendo informações precisas para a tomada de decisões
baseadas em dados concretos.